4/19/2007

Exemplos de algumas funcionalidades de um sistema Domótico?

A bi-funcionalidade dos detectores de presença (de segurança quando o alarme está ligado e de iluminação quando o alarme está desligado), o controlo automático das luzes exteriores (o circuito de decoração da fachada da vivenda e os circuitos de iluminação de segurança), a simulação de presença, os alarmes técnicos (Gás, água e fogo) com corte automático do circuito de gás e/ou de água, o registo dos últimos 500 eventos, o telecomando integrado dos aparelhos de TV, video e Hi-fi, luzes (candeeiros, focos) e aparelhos (como por exemplo estores motorizados), o reporte automático de determinados eventos para vários números de telefone fixo e/ou móvel, as tele-acções por telefone e/ou telemóvel (accionar ou desligar remotamente o alarme, aquecimento ou o ar condicionado, a rega ou um grupo gerador), o ligar parcial do alarme (para permitir circular em casa com os principais acessos protegidos), o controlo dos diversos circuitos de iluminação interior (criando cenários consoante o uso a dar a cada divisão, com um simples toque de interruptor de parede responsável pela “macro”), o circuito de tomadas de cablagem estruturada (voz, dados e imagem), o sistema de telecomunicações (e a sua interligação ao alarme e video porteiro), o circuito fechado de câmaras de vídeo vigilância (e a sua interligação ao circuito de TV), o comando do portão automático via telemóvel (e a sua integração ao circuito de iluminação de entrada), o cofre (e a sua interligação ao sistema de alarme), o sistema de cinema em casa, o sistema de som distribuído (interior e no jardim), etc.

Exemplos de algumas aplicações de domótica inovadoras e que se podem encontrar hoje no mercado?

Na actual conjectura do ramo da construção, a Domótica surge como o maior e melhor valor acrescentado das promoções imobiliárias, sendo as soluções dimensionadas e custeadas mediante o alvo pretendido, tal como acontece com outros ramos de actividade comercial.

Com especial aplicação em moradias, a Domótica aplica-se “à escala” em apartamentos, pequenos escritórios e lojas, sendo inúmeras as hipóteses de escolha, não só ao nível das marcas como também no grau de integração e interacção entre sistemas.

Tornar uma casa inteligente significa que sejam instalados sistemas eléctricos e electrónicos capazes de substituir inúmeras operações manuais os quais, mediante determinadas condições, devem “decidir” acções automáticas que se traduzem em óbvias vantagens do ponto de vista de segurança e conforto na habitação.

A título de exemplo, é de salientar a integração de alarme sem fios (via rádio frequência) de última geração com comunicadores GSM proporcionando o controlo bidireccional do alarme, via mensagens escritas a partir de telemóveis de qualquer operador. Assim entre outras funções, o utilizador pode armar ou desarmar o alarme remotamente, saber quando alguém desliga ou liga o alarme, quando há falha de corrente em casa, corte de linha telefónica ou que tipo de alarme está a ocorrer em casa (intrusão, pânico, fuga de gás ou água, fogo) com um custo de chamadas controlado. Isto tudo através de simples mensagens escritas no telemóvel!

Sistemas centralizados versus descentralizados

Existem vários sistemas e topologias de redes de comunicação entre eles, mas a mais conhecida e mais vendida no mundo, são os sistemas que usam o protocolo X-10. Este protocolo tem a particularidade de comunicar pela rede eléctrica existente, o que permite instalar os equipamentos compatíveis em casas já existentes, sem ter de se partirem as paredes para passar cablagem. Com emissores (controladores) e receptores (actuadores), o sistema controla tudo o que é eléctrico e electrónico em casa, desde luzes e aparelhos, até TV, vídeo e/ou aparelhagens Hi-Fi, de qualquer marca ou modelo (para mais informações sobre os equipamentos, visitar www.xkt.pt).

Este sistema tem a sua inteligência descentralizada, ou seja, todos os controladores são compatíveis e permitem comandar os mesmos receptores de formas diferentes (manualmente, por telecomando, por programação horária, por computador, ou ainda automaticamente, via o alarme ou outro equipamento electrónico).

Outros sistemas recorrem a protocolos de comunicação que obrigam a instalar uma cablagem própria, como é o caso do EIB. Os equipamentos que recorrem a este protocolo para comunicar, geralmente têm uma unidade central para comando automático das funções e unidades de comando periféricas com capacidade de processamento local (para mais informações sobre os equipamentos visitar www.siemens.com).

Qual deverá sera a evolução da Domótica do ponto de vista do utilizador?

Numa habitação, cada vez temos mais aparelhos eléctricos e electrónicos que se tornaram imprescindíveis, quer nas tarefas domésticas do dia a dia, quer na ocupação dos tempos livres em casa, onde constituem peças fundamentais na definição e utilização prática do “conforto”, nas suas várias componentes e se integram nos hábitos do cidadão moderno.










Como tudo o que é eléctrico tem um consumo associado, o custo da energia passou a ser significativo nas despesas fixas mensais e como tal, a conservação de energia deixou de ser uma preocupação exclusiva das empresas, sendo hoje uma necessidade em qualquer gestão doméstica.

As famílias lutam cada vez mais por diminuir os seus gastos, maximizando o seu conforto e a Domótica tem este aspecto em conta.

Estas correntes, que começam a surgir em Portugal como uma evolução natural do mercado eléctrico e electrónico, têm vindo a potenciar as aplicações da Domótica, tornando o seu futuro muito promissor.


Extracto do livro técnico "A inteligência que se instala"
Para mais informações contactar geral@xkt.pt

Como deverá evoluir a Domótica em Portugal do ponto vista empresarial?

Devido à integração de várias áreas técnicas como a segurança electrónica, o controlo de TV, Video e Hi-Fi, o controlo de luzes e aparelhos eléctricos, a informática, as motorizações de portões e janelas, a Domótica permite criar inúmeras soluções, do muito simples ao muito sofisticado, combinando aplicações técnicas de equipamentos de várias marcas e modelos. Perante tão vasto campo de aplicações, torna-se evidente que a Domótica é uma área técnica ainda pouco explorada e desenvolvida em Portugal.

Este facto leva a que estejam em aberto oportunidades de negócio para as empresas que actualmente operam em cada sector de actividade e para novas empresas especializadas, que começam a surgir com capacidade de integração, projecto, consultoria, fiscalização e controlo de obras.

A fidelização dos consumidores face às marcas, terá em conta sobretudo a qualidade: Qualidade dos equipamentos, qualidade dos serviços mas sobretudo, qualidade nas soluções técnicas apresentadas e fundamentadas para cada cliente alvo. As empresas que conseguirem “vender” confiança técnico / comercial em cada nicho de mercado, farão a diferença e passarão a ser referenciadas como exemplos a seguir, pelos diversos centros de decisão.

O mercado Português, devido ao seu potencial crescimento, representa uma fonte de negócio promissório, onde as empresas poderão prosperar, se estiverem bem informadas e formadas para poderem corresponder às necessidades presentes e futuras de cada nicho associado.

As pessoas em geral acham a Domótica complexo e cara. Qual é a sua opinião?

Esta é uma das razões que me levou a escrever o livro.











A domótica, tal como outras áreas de equipamentos eléctricos e electrónicos, vai do muito simples ao muito sofisticado. Tudo dependa da aplicação e do grau de integração pretendido. O que é fácil para uns pode ser considerado difícil para outros.

O importante é que a pessoa: projectista, instalador, promotor ou simplesmente, cliente final, saiba avaliar e escolher qual a solução que melhor corresponde às suas necessidades.

No livro existe um capítulo dedicado precisamente aos critérios de abordagem à domótica.

Para mais informações sobre o livro contactar geral@xkt.pt

Em termos de mercado (novas aplicações, venda etc) como tem sido a evolução deste sector?

O mercado da Domótica reúne um universo muito vasto de marcas, sistemas e aplicações técnicas integradas, do muito simples ao muito sofisticado e do muito barato ao muito caro. Mas todos têm o mesmo fim: Proporcionar o conforto à medida do cliente.

O mercado apresenta constantemente novos equipamentos que visam garantir as melhores condições de conforto, mediante os conceitos e as preferências ao nível do bem estar de determinados segmentos sócio culturais.

Por outro lado, o público em geral, vai tendo conhecimento das novas aplicações e vai exigindo cada vez mais, face aos produtos existentes. Equipamentos que se destinavam a um público alvo mais evoluído em termos de sofisticação e do modo de funcionamento, passam progressivamente a interessar a um número maior de potenciais clientes, banalizando progressivamente determinadas soluções, que à partida foram desenvolvidas e apresentadas inicialmente como exclusivas em mercados de luxo.

Essa evolução permite promover marcas e serviços de excelência, massificando-se conceitos e aplicações. Consequentemente, os preços baixam, tornando essas mesmas aplicações acessíveis a um maior número de interessados com menor poder de compra. Estas são regras de mercado que fazem evoluir, por um lado, o nível de sofisticação das soluções e por outro, a capacidade de aceitação dos clientes finais às novas tecnologias.

Domótica e edifícios inteligentes é a mesma coisa?

Na realidade existe uma diferença entre edifícios inteligentes e domótica.

A diferença está essencialmente na escala e no grau de sofisticação da aplicação. Enquanto numa casa temos, por exemplo, dezenas de pontos a controlar, num edifício é fácil termos centenas. Por outro lado, o grau de sofisticação duma aplicação para uma casa pode e deve ser o mais simples possível, de modo a não obrigar o utilizador final a ter um determinado tipo de formação, enquanto que para um edifício, o grau de sofisticação da aplicação geralmente obriga à formação de quadros específicos para lidarem com a “inteligência” do sistema de GESTÃO TÉCNICA do edifício. É como comparar uma máquina de lavar roupa doméstica com uma máquina de lavar roupa industrial. As duas lavam roupa... mas quanto ao resto, não são comparáveis.

O que o levou a escrever um livro sobre domótica?

Existem vários livros técnicos editados no estrangeiro sobre a Domótica (Automação Doméstica), mas sempre incompletos na abordagem pragmática do tema e escritos numa linguagem praticamente só inteligível para especialistas de algumas das áreas técnicas que compõem a Domótica e a segurança electrónica.

Com a experiência acumulada ao longo de vários anos de trabalho no ramo e a publicação de vários artigos técnicos sobre o assunto, decidi levar mais longe o meu esforço e partilhar uma parte dos meus conhecimentos numa obra que visa reunir as bases necessárias e suficientes para qualquer pessoa, seja ela projectista, instalador, dono de obra ou cliente final, poder formular a sua própria opinião sobre o assunto e recorrer aos dados aqui expostos, sempre que precisar de esclarecer algum aspecto menos claro que se lhe apresente.