12/07/2008

Política de segurança - A nova base do investimento em segurança das empresas

O que é que se entende por política de segurança de uma empresa?


Política de segurança é, ou deve ser, a estratégia de protecção de pessoas e bens considerada necessária e suficiente para manter controlado o nível de risco identificado para a empresa em geral e para cada uma das suas instalações em particular.



Uma vez que os riscos de ocorrência podem ser reduzidos, mas nunca eliminados, num projecto integrado de segurança devem estar previstas as medidas de reacção para interromper a acção criminosa, contando para o efeito, com a eficácia das medidas de detecção e dissuasão instaladas.

Do ponto de vista operacional, o principal objectivo de um projecto integrado de segurança é conseguir, por um lado: a detecção imediata (meios técnicos) de qualquer situação de risco que ponha em causa a normal actividade do cliente e, por outro: implementar uma capacidade efectiva de intervir (meios humanos) e eliminar ou reduzir ao máximo esse risco, afectando o menos possível, a actividade do cliente.

Para apoio à decisão, o cliente precisa de ter na sua posse, os dados necessários e suficientes para avaliar a sua exposição ao risco, e por conseguinte, aferir qual a solução integrada que melhor se adequa ao seu caso concreto.

O capital e o tempo empregues a gerir e controlar os riscos, dependem dos valores que se pretendem proteger.

Os órgãos de decisão da empresa devem entender por “risco”, a incerteza de uma perca financeira directa ou indirectamente relacionada com a área da segurança. Pelo que a empresa deve entender por análise de risco, uma ferramenta de gestão que permite fundamentar e justificar ao cliente o retorno do investimento, em medidas integradas de segurança, preconizadas para cada caso em concreto.

Eficácia versus o custo das soluções é portanto o factor chave para o adequado desenvolvimento e definição de um projecto integrado de segurança, à medida das necessidades e da vontade do cliente.


As soluções integradas de segurança devem ser estruturadas do ponto de vista do cliente, com o objectivo de reduzir e controlar os principais riscos detectados e sustentadas por um nível de prestação de serviços capaz de efectuar a detecção precoce de eventos com risco potencial e, caso se confirme a intenção criminosa, de uma efectiva capacidade de interrupção dessas ocorrências.


Ou seja, os níveis de serviço têm de ser previamente acordados com o cliente e devem ser implementadas medidas de controlo interno para assegurar o seu correcto cumprimento por cada operacional ao serviço.


Os níveis de prioridade e as rotinas de reacção e reporte das ocorrências devem estar previamente definidas e acordadas com o cliente e tal operativa só deve ser implementada se estiver operacional um sistema integrado de segurança pensado e programado à medida do serviço.

As soluções electrónicas são um meio e não um fim, num serviço integrado de segurança. Só assim se consegue minimizar o risco de falha humana e fazer o contrato de prestação de serviço depender de um nível de serviço pré-acordado com o cliente.

Estes devem ser os pressupostos para a definição e implementação de qualquer política de segurança numa empresa.




Excerto de artigo a publicar da autoria de Alexandre Chamusca
Consultor soluções integradas de segurança

08/12/08

7/20/2008

Avaliação das ameaças: perspectiva do proprietário

As ameaças vistas pela perspectiva do proprietário:



São várias as atitudes dos proprietários das vivendas relativamente à avaliação das ameaças aos seus bens e agregado familiar: Existem os despreocupados, os inconscientes, os maníacos e também os equilibrados.

O que nos interessa analisar são os proprietários equilibrados, já que poucas são as hipóteses de alterar a opinião dos despreocupados e dos inscientes, a não ser depois de um susto ou de uma confrontação de um acto de roubo e/ou vandalismo consumado.



A avaliação do risco próprio, deve ser feito tendo em conta o valor dos bens que tenham valor comercial, ou seja, que sejam facilmente vendáveis, não devendo ser tidos em conta os bens com valor exclusivamente sentimental.



Quanto é que pode custar não ter um alarme?
Quanto pode custar não ter um detector de gás numa habitação?
Quanto poderá custar não ser avisado em caso de surgir uma situação de aflição em casa?



A segurança passou a fazer parte dos níveis de conforto de qualquer habitação mas especialmente imprescindível no caso das vivendas.

Mesmo quem não goste de viver com sistemas electrónicos de protecção, deve assumi-los como um “mal” necessário pois são eles que podem fazer a diferença numa situação de risco e até salvar uma vida, em caso de uma ameaça séria (seja alarme técnico ou intrusão violenta).

O proprietário equilibrado terá concerteza em conta os aspectos aqui descritos e procurará adequar os meios electrónicos aplicados à avaliação de risco que tenha feito dos seus bens e do bem estar do seu agregado familiar.

A vida é feita de imprevistos e no que toca à segurança de bens e pessoas, é regra de ouro o ditado popular: “Mais vale prevenir do que remediar”...



Alexandre Chamusca

Soluções integradas de segurança electrónica
(artigo composto a partir dos conteúdos do livro técnico sobre segurança electrónica e domótica "A inteligência que se instala")



7/16/2008

Avaliando as ameaças - perspectiva do intruso

As ameaças vistas pela perspectiva do intruso:



Uma vivenda que não apresente sinais exteriores de preocupações com a segurança significa das duas uma: ou não tem nada que valha a pena roubar ou tem os proprietários inconscientes do perigo que correm...

Ora os sinais interiores de riqueza reflectem-se na construção, decoração e localização da vivenda. As viaturas e os hábitos dos proprietários completam a informação para a avaliação do custo da oportunidade de um eventual assalto.

Quem arrisca um assalto e está consciente dos seus actos, faz a sua própria avaliação das ameaças que pode vir a encontrar, para aferir se a iniciativa vale ou não o risco.


O que pode dissuadir o intruso da sua tentação, são os obstáculos que se lhe apresentam e que podem comprometer o sucesso caso da iniciativa.


A casa tem alarme?

Está muito tempo desocupada?
Está iluminada?
Tem cão?
Tem grades?
Está isolada ou tem vizinhos distantes?
É fácil fugir em caso de ser detectada a intrusão?

Estas são algumas das perguntas que um intruso se coloca quando “estuda” o local antes de decidir tomar qualquer iniciativa.

Extrato do artigo escrito pelo autor sobre o tema "avaliação de riscos de intrusão"
Se estiver interessado em publicar o artigo completo, entrar em contacto com o autor (achamusca@xkt.pt)

4/27/2008

Uma casa na aldeia...


São muitas as famílias que possuem uma “casa na aldeia” e que aproveitam as oportunidades dos tempos livres para aí passarem alguns dias.

Como essas casas estão a maior parte do tempo fechadas, o que geralmente acontece é que no Inverno estão muito frias e no Verão muito quentes, o que cria um certo desconforto quando se entra em casa, demorando o espaço interior, um dia ou dois a adquirir o ambiente ideal para nela se habitar.

Ora muitas vezes, um dia ou dois é precisamente o tempo que a família dispõe para usufruir da casa, antes de regressar de novo ao ambiente citadino. O que significa abandonar a “casa da aldeia” quando ela começava a estar confortável para se lá habitar.

O que é geralmente preciso ter numa “casa da aldeia” para garantir o conforto mínimo no Inverno? Um radiador em cada divisão e um termoacumulador na casa de banho. Ora o ideal seria poder ligar esses aparelhos dois dias antes de lá chegar. Isto sem ter de se gastar muito dinheiro, quer nos equipamentos, quer na instalação e manutenção dos mesmos.

Será que é preciso ter uma casa inteligente para se conseguir ter as condições de conforto mínimas numa casa?

Obviamente que não.


Recorrendo a equipamentos de domótica é possível resolver eficazmente a situação:
O que eu preciso é de um comunicador telefónico (rede fixa ou GSM) que receba as ordens de comando e que as faça chegar aos módulos receptores ligados aos aparelhos eléctricos que pretendo comandar.

Uma vez que a segurança da “casa da aldeia” é um factor imprescindível, pois a casa encontra-se desocupada a maior parte do tempo, posso recorrer ao comunicador telefónico do alarme para enviar as ordens de comando, beneficiando das economias de escala que isso representa e se esse alarme for compatível com um sistema de domótica via rede eléctrica (terá integrado um interface de comando compatível), basta colocar módulos receptores nas tomadas eléctricas onde ligam os radiadores e o termoacumulador (o próprio cliente os pode instalar evitando recorrer a um técnico especializado), para poder usufruir da função simples, mas muito útil, de aquecer os quartos e a água na sua “casa da aldeia”.

Quanto é que isto pode custar?

Um pequeno sistema de alarme com comunicador telefónico (linha fixa) que integre um interface de domótica custa aproximadamente € 250 e cada módulo receptor para comandar aparelhos pela rede eléctrica custa aproximadamente € 40.

Se considerarmos 3 divisões e uma casa de banho, gastaria € 410 para instalar a solução descrita.

Será que a segurança e o conforto da sua “casa da aldeia” não merecerá este investimento? A si de julgar.



Alexandre Chamusca
Consultor de Segurança e Domótica

(Artigo adaptado do livro técnico do mesmo autor "A inteligência que se instala")

4/16/2008

Que componentes deveria ter um sistema de segurança de uma vivenda, para ser eficaz?

Os componentes que considero relevantes para o dimensionamento de um sistema de segurança electrónico eficaz para vivendas, são:

1. Sistema de segurança
2. Detecção perimétrica exterior
3. Sistema de CFTV (Circuito Fechado de TV)

1 Sistema de segurança central

1.1 O sistema de segurança de uma vivenda deve ser dimensionado por forma a garantir a segurança dos seus ocupantes enquanto dormem, pelo que deve possuir um teclado na zona dos quartos, permitindo activar o sistema nas restantes zonas da casa, mantendo desactivanda a detecção de movimento na zona ocupada.


1.2 O sistema deve estar ligado a uma central de recepção e tratamento de alarmes por ADSL e por GSM (só activado em caso de corte de linha telefónica).

1.3 Deve ser prevista a instalação de uma sirene exterior e uma sirene interior.

1.4 Deve ser identificado um (ou mais) circuito de iluminação exterior e prever-se a sua interligação ao sistema de segurança, por forma a ser automaticamente activado em caso de alarme, funcionando como efeito dissuasor.

1.5 Devem ser instalados botões de pânico em locais de passagem interior da vivenda por forma a proporcionar o accionamento imediato do alarme (mesmo que esteja desligado) em caso de perigo de ameaça.

1.6 O nº de periféricos e a sua localização dependerão da topologia e disposição dos espaços interiores da vivenda.

1.7 O sistema de segurança deve ter uma autonomia sem energia superior a 20 horas.


2 Detecção perimétrica exterior

2.1 O sistema de detecção perimétrica exterior deve fazer parte integrante do sistema de segurança global e ter uma correspondência directa a cada zona exterior protegida. Estas zonas devem poder fazer parte da activação parcial do alarme (no caso de vivenda estar ocupada).

2.2 A correspondência de cada zona exterior a um circuito de iluminação independente seria o ideal (para efeitos de dissuasão e eficácia na identificação da eventual ameaça).

2.3 A escolha dos meios electrónicos de detecção exterior deve ser correctamente efectuada, tendo em conta o relevo do terreno, tipo de vegetação, tipo de vedação e a eventual existência de animais domésticos.


3 Sistema de CFTV

3.1 As câmaras exteriores devem ser discretas, Dia & Noite e incorporar iluminadores de infra-vermelhos (alcance mínimo 15 metros). O seu nº e colocação dependem da topologia da vivenda e da sua implantação no terreno, mas devem proporcionar uma visão global do espaço circundante, com especial atenção para os acessos considerados “críticos”.

3.2 A existência das câmara associadas às zonas de protecção perimétrica exteriores é muito importante para: 1º dissusão; 2º permitir a visualização das imagens no circuito de TV da vivenda (em qualquer TV) evitando a exposição dos ocupantes ao risco, numa eventual saída ao exterior; 3º o eventual apuramento das ocorrências (local e/ou remoto) para que sejam tomadas as necessárias medidas reactivas;

3.3 Em caso de alarme as imagens devem poder ser visionadas na central de recepção e tratamento de alarmes, por forma a servirem de apoio à decisão das medidas reactivas a tomar em caso de confirmação de situações de perigo.

3.4 O sistema deve gravar localmente as imagens, só em caso de alarme.

3.5 O sistema deve possuir um sistema de alimentação próprio que proporcione uma autonomia não inferior a 30 minutos.


Alexandre Chamusca
Consultor de Segurança

2/27/2008

Alarme técnico para indústria de frio / Technical alarm for cold industrial apllications...

Detecção e reporte automático de corte de corrente:
Automatic detection and reporting in case of power failure:

O tempo de reacção em caso de corte de corrente é crítico para o sector da indústria de frio.
Reaction time to power failure is critical for cold industrial applications.

Quanto pode custar não saber que os produtos nas arcas frigoríficas estão a descongelar?
How much can cost you not knowing your food products are defrosting?


Quanto pode custar NÃO TER um sistema de detecção de corte de corrente e reporte automático (por telefone e/ou GSM)?
How much can cost you NOT HAVING an alarm system that automaticly reports you power failures?

Sabe qual é o desconto que pode conseguir no seguro caso prove a instalação deste sistema de segurança?

Do you know how much you could earn in your insurance proving you have such a system?

Valia a pena pensar nisso...
You should think about it...



Alexandre Chamusca
Composição extraída do livro técnico:
Domótica e Segurança Electrónica "A inteligência que se Instala"

1/15/2008

Porquê contratar um consultor externo de soluções de segurança?

Para apoio à decisão, o cliente precisa de ter na sua posse, os dados necessários e suficientes para avaliar a sua exposição ao risco, e por conseguinte, aferir qual a solução integrada que melhor se adequa ao seu caso concreto.

Genericamente, a realização de uma acção de consultoria na área de segurança procura identificar um conjunto de medidas de ajustamento da actual solução de segurança (security), sustentadas num diagnóstico da situação actual e que faça a integração da vigilância humana com a vigilância electrónica, fazendo referência aos procedimentos que permitam fazer face aos cenários de ocorrência mais comuns.

Do ponto de vista operacional, o principal objectivo da consultoria de soluções integradas de segurança é conseguir, por um lado: garantir a eficácia dos meios de detecção imediata (meios técnicos) de qualquer situação de risco que ponha em causa a normal actividade do cliente e, por outro: garantir que será implementada uma capacidade efectiva de intervenção (meios humanos) por forma a eliminar ou reduzir ao mínimo, os riscos detectados, afectando o menos possível, a actividade do cliente.

Assim a consultoria prevê fazer um diagnóstico genérico das actividades desempenhadas pela força de segurança contratada, actividades de segurança e actividades complementares (exemplo: distribuição de correio, acompanhamento de visitantes, outras), avaliação do nível de ameaça, bem como análise das medidas electrónicas complementares à operativa de vigilância humana.

Custo versus eficácia das soluções é portanto o factor chave de uma acção de consultoria de segurança, contribuindo para o adequado desenvolvimento e definição da solução integrada de segurança, à medida das necessidades e da vontade do cliente.

A vantagem deste processo de abordagem profissional às necessidades de segurança de uma empresa, é o de permitir ao cliente tomar decisões fundamentadas, baseadas num compromisso de nível de serviço que, por sua vez, está sustentado na relação custo / eficácia, assumida também pelo cliente.



Alexandre Chamusca
Consultor de Soluções de Segurança

Sistema de segurança – Um mal necessário!

Do ponto de vista prático, o principal objectivo de um sistema de segurança é reduzir a tentação de se cometerem actos criminosos num determinado espaço protegido.

Uma vez que os riscos de ocorrência podem ser reduzidos, mas nunca eliminados, um sistema de segurança é sempre necessário, mesmo que resulte num incomodo para os seus proprietários e ocasionalmente para os vizinhos.

Do ponto de vista operacional, o principal objectivo de um sistema de segurança é conseguir, por um lado: a detecção imediata (meios técnicos) de qualquer situação de risco que ponha em causa a normal actividade do cliente e, por outro: interromper (reacção por parte do cliente) a tentativa de roubo ou acto de vandalismo.

A tomada de consciência por parte do cliente, sobre o real valor e importância de um sistema de segurança nas suas instalações pessoais e / ou profissionais é fundamental para justificar as alterações / adaptações dos usos e costumes na utilização do(s) espaço(s) (públicos e/ou privados) por forma a incluir os procedimentos de segurança.

Infelizmente o retorno do investimento só se prova se, e quando, acontecer uma tentativa de assalto ou acto de vandalismo.

Mas o conforto que representa ter um sistema de segurança passará a fazer parte das necessidades do cliente e esse factor não tem preço...



Valia a pena pensar nisso...



Alexandre Chamusca
Consultor Soluções de Segurança

Composição extraída do livro técnico "Domótica e segurança electrónica: A Inteligência que se instala"

1/03/2008

Se uma câmara incomoda muita gente...


A forma de pensar a segurança tem vindo a ser alterada, por um lado, pelo aumento dos vários tipos de riscos a que as pessoas e os negócios estão cada vez mais expostos e por outro, pela evolução tecnológica das soluções electrónicas de segurança, que tem vindo a proporcionar meios adequados à gestão e controlo dos principais riscos detectados.

Uma câmara por si só não interrompe uma tentativa de assalto, servindo apenas de apoio à decisão em caso de reacção.

A maior parte dos equipamentos de segurança electrónica estão previstos para actuarem após uma tentativa de entrada ter sido desencadeada. É por isso que as soluções de segurança devem passar a incluir componentes de dissuasão, agindo na prevenção, como por exemplo circuitos de iluminação de segurança, actuados em caso de detecção perimétrica, no exterior das instalações protegidas.

A protecção de instalações começa nos portões e vedações, que devem demarcar claramente os limites do espaço protegido, passando pela iluminação e controlo de fluxo de pessoas e veículos.

O sistema de controlo de acessos deve estar interligado ao sistema contra intrusão e ao CFTV (circuito fechado de TV). Estes meios técnicos são fundamentais para a definição e manutenção do nível de serviço de segurança a prestar pela empresa da especialidade.

O cliente sabe que tem de estar protegido, não sabe é como e do que é que precisa ao certo para que a segurança que contrata seja eficaz.



Alexandre Chamusca
Consultor soluções de segurança

Composição extraída do livro técnico "Domótica e segurança electrónica - A inteligência que se instala"