4/27/2008

Uma casa na aldeia...


São muitas as famílias que possuem uma “casa na aldeia” e que aproveitam as oportunidades dos tempos livres para aí passarem alguns dias.

Como essas casas estão a maior parte do tempo fechadas, o que geralmente acontece é que no Inverno estão muito frias e no Verão muito quentes, o que cria um certo desconforto quando se entra em casa, demorando o espaço interior, um dia ou dois a adquirir o ambiente ideal para nela se habitar.

Ora muitas vezes, um dia ou dois é precisamente o tempo que a família dispõe para usufruir da casa, antes de regressar de novo ao ambiente citadino. O que significa abandonar a “casa da aldeia” quando ela começava a estar confortável para se lá habitar.

O que é geralmente preciso ter numa “casa da aldeia” para garantir o conforto mínimo no Inverno? Um radiador em cada divisão e um termoacumulador na casa de banho. Ora o ideal seria poder ligar esses aparelhos dois dias antes de lá chegar. Isto sem ter de se gastar muito dinheiro, quer nos equipamentos, quer na instalação e manutenção dos mesmos.

Será que é preciso ter uma casa inteligente para se conseguir ter as condições de conforto mínimas numa casa?

Obviamente que não.


Recorrendo a equipamentos de domótica é possível resolver eficazmente a situação:
O que eu preciso é de um comunicador telefónico (rede fixa ou GSM) que receba as ordens de comando e que as faça chegar aos módulos receptores ligados aos aparelhos eléctricos que pretendo comandar.

Uma vez que a segurança da “casa da aldeia” é um factor imprescindível, pois a casa encontra-se desocupada a maior parte do tempo, posso recorrer ao comunicador telefónico do alarme para enviar as ordens de comando, beneficiando das economias de escala que isso representa e se esse alarme for compatível com um sistema de domótica via rede eléctrica (terá integrado um interface de comando compatível), basta colocar módulos receptores nas tomadas eléctricas onde ligam os radiadores e o termoacumulador (o próprio cliente os pode instalar evitando recorrer a um técnico especializado), para poder usufruir da função simples, mas muito útil, de aquecer os quartos e a água na sua “casa da aldeia”.

Quanto é que isto pode custar?

Um pequeno sistema de alarme com comunicador telefónico (linha fixa) que integre um interface de domótica custa aproximadamente € 250 e cada módulo receptor para comandar aparelhos pela rede eléctrica custa aproximadamente € 40.

Se considerarmos 3 divisões e uma casa de banho, gastaria € 410 para instalar a solução descrita.

Será que a segurança e o conforto da sua “casa da aldeia” não merecerá este investimento? A si de julgar.



Alexandre Chamusca
Consultor de Segurança e Domótica

(Artigo adaptado do livro técnico do mesmo autor "A inteligência que se instala")

4/16/2008

Que componentes deveria ter um sistema de segurança de uma vivenda, para ser eficaz?

Os componentes que considero relevantes para o dimensionamento de um sistema de segurança electrónico eficaz para vivendas, são:

1. Sistema de segurança
2. Detecção perimétrica exterior
3. Sistema de CFTV (Circuito Fechado de TV)

1 Sistema de segurança central

1.1 O sistema de segurança de uma vivenda deve ser dimensionado por forma a garantir a segurança dos seus ocupantes enquanto dormem, pelo que deve possuir um teclado na zona dos quartos, permitindo activar o sistema nas restantes zonas da casa, mantendo desactivanda a detecção de movimento na zona ocupada.


1.2 O sistema deve estar ligado a uma central de recepção e tratamento de alarmes por ADSL e por GSM (só activado em caso de corte de linha telefónica).

1.3 Deve ser prevista a instalação de uma sirene exterior e uma sirene interior.

1.4 Deve ser identificado um (ou mais) circuito de iluminação exterior e prever-se a sua interligação ao sistema de segurança, por forma a ser automaticamente activado em caso de alarme, funcionando como efeito dissuasor.

1.5 Devem ser instalados botões de pânico em locais de passagem interior da vivenda por forma a proporcionar o accionamento imediato do alarme (mesmo que esteja desligado) em caso de perigo de ameaça.

1.6 O nº de periféricos e a sua localização dependerão da topologia e disposição dos espaços interiores da vivenda.

1.7 O sistema de segurança deve ter uma autonomia sem energia superior a 20 horas.


2 Detecção perimétrica exterior

2.1 O sistema de detecção perimétrica exterior deve fazer parte integrante do sistema de segurança global e ter uma correspondência directa a cada zona exterior protegida. Estas zonas devem poder fazer parte da activação parcial do alarme (no caso de vivenda estar ocupada).

2.2 A correspondência de cada zona exterior a um circuito de iluminação independente seria o ideal (para efeitos de dissuasão e eficácia na identificação da eventual ameaça).

2.3 A escolha dos meios electrónicos de detecção exterior deve ser correctamente efectuada, tendo em conta o relevo do terreno, tipo de vegetação, tipo de vedação e a eventual existência de animais domésticos.


3 Sistema de CFTV

3.1 As câmaras exteriores devem ser discretas, Dia & Noite e incorporar iluminadores de infra-vermelhos (alcance mínimo 15 metros). O seu nº e colocação dependem da topologia da vivenda e da sua implantação no terreno, mas devem proporcionar uma visão global do espaço circundante, com especial atenção para os acessos considerados “críticos”.

3.2 A existência das câmara associadas às zonas de protecção perimétrica exteriores é muito importante para: 1º dissusão; 2º permitir a visualização das imagens no circuito de TV da vivenda (em qualquer TV) evitando a exposição dos ocupantes ao risco, numa eventual saída ao exterior; 3º o eventual apuramento das ocorrências (local e/ou remoto) para que sejam tomadas as necessárias medidas reactivas;

3.3 Em caso de alarme as imagens devem poder ser visionadas na central de recepção e tratamento de alarmes, por forma a servirem de apoio à decisão das medidas reactivas a tomar em caso de confirmação de situações de perigo.

3.4 O sistema deve gravar localmente as imagens, só em caso de alarme.

3.5 O sistema deve possuir um sistema de alimentação próprio que proporcione uma autonomia não inferior a 30 minutos.


Alexandre Chamusca
Consultor de Segurança