8/29/2010

Vídeovigilância urbana...

Notícia Expresso, 06/08/2010...





Apesar das estatísticas apontarem para uma diminuição do número de assaltos, o facto é que os incidentes com actos violentos aumentou. E essa é a percepção de quem é proprietário, ou seja, a preocupação de proteger os bens próprios tem vindo a aumentar, numa tentativa de controlar aquilo que parece ser uma ameaça crescente.

As notícias viajam depressa e as más notícias ainda mais depressa, em parte devido ao sensacionalismo jornalístico e à globalização da própria informação. Mas de facto, o aumento do registo de actos criminosos violentos tem contribuído para a percepção das ameaças, por parte do público em geral.


 
Se um bairro é considerado problemático, não seria lógico monitorizá-lo para garantir a protecção das pessoas e dos bens?
 
Será que só se deve intervir quando o mal já está feito? Não seria melhor prevenir do que remediar?
 
Se uma câmara de televisão de um reporter ou uma máquina fotográfica de um jornalista, podem registar imagens públicas, não faria sentido que câmaras de vigilância também fossem autorizadas a fazê-lo, para o bem público?
 
Se as imagens captadas são do domínio público, ou seja, não são do domínio privado, porquê escluí-las da política de segurança a definir para a zona? Serão essas imagens demasiado violentas para poderem ser monitorizadas?
 
Será que os habitantes da zona estarão contra a existência dessas câmaras nos seus espaços públicos?
 
Dadas as circunstâncias, não seria igualmente defensável os habitantes dessas zonas recorrerem também eles a armas, mas neste caso, para se defenderem, em caso de ameaça? 
 
Poderá ser essa uma das interpretações subentendida no facto da CNPD não autorizar a monitorização dessas zonas públicas problemáticas?
 
No fundo é mais cego aquele que não quer ver...
  
 
 
Alexandre Chamusca
Engenheiro Soluções Segurança

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