9/06/2010

Artigo técnico de Alexandre Chamusca na revista IP (Instalações Profissionais) Nº 30

Soluções Integradas de Segurança Electrónica - Hotel Seguro






O que é que se entende por política de segurança num hotel?


Política de segurança é, ou deve ser, a estratégia de protecção de pessoas e bens considerada necessária e suficiente para manter controlado o nível de risco identificado para a empresa em geral e para cada uma das suas instalações em particular.
 
Uma vez que os riscos de ocorrência podem ser reduzidos, mas nunca eliminados, num projecto integrado de segurança devem estar previstas as medidas de reacção para interromper uma eventual acção criminosa, contando para o efeito, com a eficácia das medidas de detecção e dissuasão instaladas.





Linhas de orientação da política de segurança para um hotel ou empreendimento turístico
 
Mesmo que a probabilidade de acontecer um incidente de risco possa ser aparentemente baixa, o problema é se não existem meios aplicados que permitam reagir eficazmente a uma ocorrência e se não for possível evitar que volte a acontecer.
 
Os danos colaterais que um pequeno incidente de risco pode provocar numa estrutura hoteleira, representa sempre custos muito superiores aos do próprio incidente, quer externos (pela exposição mediática a que está exposta), quer internos (pelo clima de desconfiança e desconforto que provoca nos seus funcionários e colaboradores).




Soluções técnicas de segurança como ferramentas de gestão

Para os sistemas electrónicos de segurança poderem funcionar como “ferramentas” de gestão, devem saber-se primeiro quais são os locais de maior risco, em seguida, quais as barreiras que mais podem retardar o acesso a esses espaços.
 
Desenvolver uma solução de segurança somente em torno da vigilância humana é muito dispendioso e ineficaz, quer em termos de prevenção, quer em termos de capacidade de resposta.

O ideal é conseguir-se um equilíbrio entre tecnologia, soluções mecânicas e níveis de serviço profissionais de vigilância humana.

Além de se reduzirem custos, as soluções técnicas integradas implicam maior capacidade e qualidade na prestação dos serviços.


Concluindo…
 
As soluções integradas de segurança devem ser estruturadas do ponto de vista do hotel ou empreendimento turístico e não do ponto de vista da empresa de segurança que se propõe prestar os serviços. O objectivo deve ser reduzir e controlar os principais riscos detectados, sustentados por um nível de prestação de serviços capaz de efectuar a detecção precoce de eventos com risco potencial (detecção electrónica) e, caso se confirme a intenção criminosa, de uma efectiva capacidade de interrupção dessas ocorrências (operativa de reacção por parte da empresa de prestação de serviços de vigilância humana).

Cada local deve então ser analisado para se adequarem os equipamentos às situações que se pretendem prevenir.

A recolha da informação de segurança para apoio à decisão é importante mas precisa de ser processada e hierarquizada por graus de risco e cenários de ocorrência, se quisermos que a reacção a uma ocorrência seja eficaz. Se o sistema não avisar o vigilante operador, de que se iniciou uma ocorrência suspeita, capaz de gerar uma situação de perigo, quando o alarme disparar, será com certeza tarde de mais para reagir e impedir que o mal aconteça.

Só assim se consegue minimizar o risco de falha humana e fazer o contrato de prestação de serviços depender de um nível de serviço pré-acordado com a empresa.

Se estes pressupostos passarem a ser tidos em linha de conta pelas empresas, é de prever que a forma e o objecto dos cadernos de encargos de segurança electrónica e vigilância humana, sejam drasticamente alterados num futuro próximo, passando a basear-se em políticas de segurança e a apresentar verdadeiras soluções integradas (equipamentos + serviços), à medida das reais necessidades de segurança das empresas.



Alexandre Chamusca
Consultor Soluções Integradas Segurança

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