8/29/2010

Vídeovigilância urbana...

Notícia Expresso, 06/08/2010...





Apesar das estatísticas apontarem para uma diminuição do número de assaltos, o facto é que os incidentes com actos violentos aumentou. E essa é a percepção de quem é proprietário, ou seja, a preocupação de proteger os bens próprios tem vindo a aumentar, numa tentativa de controlar aquilo que parece ser uma ameaça crescente.

As notícias viajam depressa e as más notícias ainda mais depressa, em parte devido ao sensacionalismo jornalístico e à globalização da própria informação. Mas de facto, o aumento do registo de actos criminosos violentos tem contribuído para a percepção das ameaças, por parte do público em geral.


 
Se um bairro é considerado problemático, não seria lógico monitorizá-lo para garantir a protecção das pessoas e dos bens?
 
Será que só se deve intervir quando o mal já está feito? Não seria melhor prevenir do que remediar?
 
Se uma câmara de televisão de um reporter ou uma máquina fotográfica de um jornalista, podem registar imagens públicas, não faria sentido que câmaras de vigilância também fossem autorizadas a fazê-lo, para o bem público?
 
Se as imagens captadas são do domínio público, ou seja, não são do domínio privado, porquê escluí-las da política de segurança a definir para a zona? Serão essas imagens demasiado violentas para poderem ser monitorizadas?
 
Será que os habitantes da zona estarão contra a existência dessas câmaras nos seus espaços públicos?
 
Dadas as circunstâncias, não seria igualmente defensável os habitantes dessas zonas recorrerem também eles a armas, mas neste caso, para se defenderem, em caso de ameaça? 
 
Poderá ser essa uma das interpretações subentendida no facto da CNPD não autorizar a monitorização dessas zonas públicas problemáticas?
 
No fundo é mais cego aquele que não quer ver...
  
 
 
Alexandre Chamusca
Engenheiro Soluções Segurança

8/12/2010

Supermercado roubado, polícias à porta...

Notícia Expresso, 31 Julho 2010...




(AC) Os valores a que ascendem os roubos no retalho continuam a ser astronómicos!

(AC) O pequeno roubo pode ter diminuído mas os roubos organizados aumentaram e representam uma séria ameaça para o futuro da gestão no retalho, pois não existem níveis de serviço de segurança contratados que evitem e/ou contenham a reincidência dessas acções.



(AC) Quanto maior a crise maior a insegurança.
Quanto menores forem as medidas dissuasoras aplicadas, maior será a tentação dos fazem do roubo uma forma de vida mas também das pessoas carenciadas em pervericar. É conhecida a expressão popular “a ocasião faz o ladrão”.

(AC) Se por um lado as empresas de segurança apresentam meios eficazes para controlar o risco à medida das necessidades dos clientes, por outro os clientes não têm a percepção de qual o retorno do investimento em segurança, pelo que o encaram como mais um custo para a actividade da empresa, o que em tempo de crise não recolhe o parecer favorável das administrações...

(AC) Embora não existam regras sem excepção, as empresas encaram a segurança como um “mal necessário” e não uma ferramenta operacional de gestão e controlo do risco.

(AC) Mais do que inovações, creio que se vão ver mais soluções integradas na segurança aplicada no sector do retalho, ou seja, serviços de segurança humana assistidos por meios electrónicos sofisticados, capazes não só de detectar mais precocemente situações de risco como também de proporcionar a interrupção discreta de eventuais ocorrências. Mas os comentários sobre este assunto ficarão para outra oportunidade...


(AC) Alexandre Chamusca
Engenheiro Soluções de Segurança

8/01/2010

No sítio errado, na altura errada...

Os jornais e telejornais retractam diariamente situações destas, onde actos irreflectidos de criminalidade não organizada resultam em factos de chocante violência. Fica-se com a sensação que se mata e se pode morrer por muito pouco...




Mas será que a percepção desse aumento de exposição ao risco é interpretado e assumido por todos, da mesma maneira e à escala do problema?
Os factos provam que não e a regra é que a maioria desvaloriza a sua própria situação relativamente aos “outros”.


Mas as coisas não acontecem só aos “outros” e são muitos aqueles que já relatam na primeira pessoa, situações de risco por que passaram recentemente ou que aconteceram a pessoas próximas. O que quererá isto dizer? Não será que o risco se está a aproximar?


Com o aumento da crise e das situações de desespero financeiro, a tentação de roubar o alheio aumenta e quem já praticava a “modalidade” tem tendência a ser mais ousado e descarado a fazê-lo. A desculpabilização pessoal surge facilitada pela consciencialização generalizada das dificuldades com que as pessoas vivem em tempo de crise. A sociedade torna-se mais tolerante relativamente a situações de pequeno roubo. Mas por outro lado, quem pratica o pequeno roubo “sente” mais facilidade em roubar, pelo que tenta mais vezes e arrisca mais para o conseguir. Este aumento de exposição ao risco por parte do delinquente aumenta a probabilidade de confronto e por pouco se pode passar a arriscar muito. A precipitação e o nervosismo em pessoas que não estão habituadas a lidar com situações de alto risco, pode levá-las a cometer actos de violência não justificada e desproporcionada, relativamente aos benefícios em causa. Os jornais e telejornais retractam diariamente situações destas, onde actos irreflectidos de criminalidade não organizada resultam em factos de chocante violência.


Basta estar no sítio errado, na altura errada...




Alexandre Chamusca
Consultor Soluções Segurança

Segurança Versus Insegurança, Ilusão ou realidade?

É inequívoco que a exposição ao risco aumentou e continuará a aumentar, quer da população em geral, quer de quem tem mais, em particular.



Mas será que a percepção desse aumento de exposição ao risco é interpretado e assumido por todos, da mesma maneira e à escala do problema?

O artigo de opinião publicado na revista IP de Junho 2010 trata precisamente deste assunto...


Quem não sabe é como quem não vê e muitas vezes a pessoa que está exposta ao risco ignora estar no sítio errado, no momento errado...


Alexandre Chamusca
Consultor Soluções Segurança