Acha
o vídeo impressionante, certo?
O
que a maravilha da tecnologia faz...
Mas
quando surgiu a solução, muitos foram os que se indignaram e se manifestaram
contra...
Porquê?
Porque
a solução veio eliminar imensos postos de trabalho...
De
operários válidos e muito eficazes mas que não conseguiam competir com tamanha
produtividade, perfeição e eficácia...
A
intervenção humana passou a ser mais valorizada onde a máquina não consegue
trabalhar e ao nível dos acabamentos...
Hoje
este tipo de automatizações dos serviços na construção é perfeitamente aceite
pelo mercado de trabalho e a competitividade dos prestadores de serviços
depende muitas vezes das soluções automatizadas que consegue integrar nas
empreitadas, com óbvias economias de escala, conseguindo reduções significativas nos
custos logísticos e nos prazos de execução.
Na
segurança privada a prestação dos serviços continua 98% dependente do fator humano e na maior parte dos casos, tratam-se
de serviços básicos de presença física e/ou de portaria, de muito baixo valor
securitário...
As
empresas precisam de soluções
de segurança, que sejam dimensionadas para dissuadir, detetar e interromper
ameaças comuns à sua normal atividade e de uma capacidade de reação eficaz, em
caso de perigo para as pessoas, bens e instalações que frequentam o espaço.
Tal
como noutros sectores do mercado da prestação de serviços, as soluções de
segurança precisam integrar automatismos (alarmes), automatizar processos
(deteção e monitorização vídeo local
e/ou remota) e automatizar procedimentos (operativas de reação de
segurança) para poder corresponder às expectativas dos clientes, em função
das suas reais necessidades de segurança externa e interna (exposição ao
risco).
Se
a oferta dos serviços de segurança for estruturada na perspetiva do cliente, as
soluções de segurança surgem aos potenciais clientes como uma ferramenta de
gestão capaz de controlar os seus níveis internos e externos de exposição ao
risco, deixando de estar dependente quase exclusivamente do fator humano e
passando a estar dependente da maior ou menor capacidade de interrupção de uma
situação considerada e assumida pelo cliente como sendo de risco (intrusão,
incêndio, controlo de acessos, de espaços e de pessoas).
O
envolvimento do cliente na solução de segurança fará com o avalie o retorno do investimento e deixe de
percecionar a sua própria segurança como um custo.
É precisamente
no compromisso entre a solução de segurança contratada e o custo
potencial da sua insegurança, que o cliente irá
justificar o retorno do investimento feito em segurança.
Política de segurança interna
de uma empresa é a sua estratégia
de proteção de pessoas, bens e espaços, considerada necessária e suficiente
para manter controlado o nível de risco identificado.
O
cliente deixará de comprar a segurança como sendo uma “comodity” necessária e
passa a comprá-la por níveis de serviço, em que o fator humano surge com um
grau de especialização e qualidade compatível com o nível de serviço pretendido, integrado na sua política de segurança
interna.
Será este o pressuposto que os órgãos decisores das
estruturas empresariais terão em linha de conta na estruturação dos cadernos de encargos para a contratação
de futuras prestações de serviços de segurança.
Os cadernos de encargos vão basear-se na política interna
de segurança desenhada à medida das reais necessidades de cada empresa ou grupo
de empresas e o custo da prestação de serviços será estimado em função da maior
ou menor capacidade de implementação
das medidas de segurança nela implícita.
Alexandre Chamusca
Partner XKi
Security Management Consulting